As cinzas do suicídio
de nossas asas,
esparramadas aos chãos
por onde temos
andado
– como esquálidos
vultos
do que outrora
nos fomos
em esplendes
sonhos
e em aquecidos
leitos –
estão frias
como o aço
de cruéis e afiadas
lâminas;
e eu
já não sei mais
o que fazer
para tentar nos resgatar
da morte deste
chão,
a não ser
sentar-me, a esperar
até que se nos escorram
os fluidos finais,
ou que nos ocorra
algum milagre
que faça renascer
a sublimidade perdida
daquele amor
nuvem.
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