terça-feira, 27 de junho de 2017

À MARGEM DE MIM MESMO



Ando-me
desconhecido de mim
como um rio
de águas turvas

– trazidas por enxurradas
de tantas chuvas –,

que nãose conhece
em nos próprios veios
e margens.

Estou  assim,
entre terras de gizes e pedras,
entre sonhos de nuvens
sem asas,

a pendular-me
com os pés e a alma
à beira de um precipício

vazio.

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