Ando-me
desconhecido de mim
como um rio
de águas turvas
– trazidas por enxurradas
de tantas chuvas –,
que nãose conhece
em nos próprios veios
e margens.
Estou
assim,
entre terras de gizes e pedras,
entre sonhos de nuvens
sem asas,
a pendular-me
com os pés e a alma
à beira de um precipício
vazio.
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