Não amo,
nem sou capaz de amar
verdadeiramente
(embora seja
um insensato cão
com vesanias
à mente)
a flores
com pétalas de egos
esfuziantes,
nem a pássaros
com regozijos de asas
letradas,
tampouco a santas
com segredos
degradados
sob alvos véus;
a esses, há muito,
decidi apenas
mostrar-lhes os
reflexos,
em minhas sombras
calcinadas;
eu amo é o vento,
que corre descobiçoso
pela planície,
e a simplicidade
de quem nele
se arrisca a voar,
sem a exacerbada
necessidade
palavras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário