sábado, 17 de junho de 2017

A RESPOSABILIDADE DA PALAVRA LANÇADA



Bem sei que,
às vezes,
perco-me mais que de costume
nos calos e nos caminhos
da vida,

mas sigo,
quase impávido,
com o verbo à boca
e com dissimuladas atuações
aos palcos;

a beber dos sonhos,
das vesanias e das concupiscências
em pêndulos fluorescentes,

a esperar
que me chegue a única coisa
que realmente
me dispa das horas
em que não sei
dormir:

a inevitável e sublime

morte.

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