um niilista irreparável,
enquanto
o fogo de mil sóis ainda ilumina
a terra;
eu poderia
encerrar minha vida como o triste
canto de uma cerra,
eu poderia
apagar todas as fontes que
ainda incendeia o infértil
deserto,
eu poderia
abdicar de tudo meu, pois tenho
convicção de que o final sempre
nos é doloroso e incerto:
mas eu não
quero mais os sonhos e os dilemas
que revivem, em suas fantasias e deslizes,
os poetas,
nem o nome
Shaitan ou Menkent grafado nas bocas
de anjos sublimes
e esbeltos.
Em suma,
Nuvem, é como se humano eu já
não fosse,
pois já não sei
mais dividir o que é vivo do que é
nascitura e condenadamente
morto!

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