Em tuas chuvas
de fogo e de lágrimas,
costumas dizer
que sou um cão
vadio,
que falo
muita besteira
e que sou um traidor
de mão cheia;
mas digo eu
que, infelizmente,
sou apenas demasiado
humano,
e que,
seja qual for
o canarinho a cantar
em teu esplende
jardim,
ou que máscaras
venhas a usar em ébria
soberbia,
se não houver
alguma real transcendência
sobre os vagos marulhos
e as mortiças luzes
do caminho,
as coisas sempre
costumam terminar
em merda.
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