... ensina-me, moça,
a resolver meus medos negros,
a enfrentar meus piores pesaderlos,
a me desarmar das esplêndidas e traiçoeiras
imagens do mundo (e a não amá-las);
ensina-me
a não deixar vestígios de meus neons
acesos, de meus espermas espalhados aos leitos
e aos becos, de minhas fúrias aladas
e soberbas;
livra-me dos anjos,
que aos demônioa eu bem conheço, e nunca
são capazes de me pegarem
de surpresa;
ensina-me,
enfim, moça, a te amar com puerícia,
a ti mesma que viveste te diendo pura
enquanto montavas em enormes
paus de cibernéticos cavalos
alados!
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