terça-feira, 26 de setembro de 2017

INIMIGO MEU



... amantes,
beldades aladas,
borboletas com suas pernas-asas
abertas

a te amarem e, depois,
a te julgarem e a te condenarem
por internas conjecturas e subjeções
de si  mesmas conjecturadas,

demônios
enciumados querendo te assassinar
para pegarem e para foderem
sua  amada,

psicopatas
e alucinados à espreita esperando
a hora de te
esfolar,

politicos,
pastores, ordenadores, discurssistas,
poetas, filosoistas, e todos os demais sapiens
sempre alertas para, na hora de sua queda,
consciente ou inconscientemente,
a algo aproveitar;

e, então,
eu pergunto, “nobilíssimos companheiros”:
por que realmente precisamos
de inimigos,

se a coisa,
afirmo eu, já está toda nascente,
interna e abnormalmente
definida!

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