quarta-feira, 27 de setembro de 2017

DESÉRTICO POR TEMPO DEMAIS, NÃO SEI SE ESTOU À ALTURA DE TEU OÁSIS!



… mas eu tentarei!

É duro ter
que viver sem mais se sentir
cone dctado às coisas;

é duro ter
que frequentar céus e teatros lotados de atores,
de atrizes e de pássaros que já não
te entendem em muita coisa;

é duro ter
que olhar para as estrelas
e constatar que elas ficam intactas, enquanto
você envelhece rumo ao nada;

é duro amar
beldades que também dizem te amar
e que, por abnormal imanência sapiens, como você,
tornam-se obesos de imagens e sonham,
e comem, e e dão para
todo lado;

É duro habitar
um deserto em que as ilusões  e as esperanças
se secaram e ninguem te oferece
mais nada;

é muito duro
e é muito triste ter que andar sem ela
por aqui ainda, neste mundo paradoxalmente
colorido, florido e, ao mesmo tempo,
cheio de coisa alguma!


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