quarta-feira, 20 de setembro de 2017

FONTE APÓSTATA



.... embriaguei-me
de uma fonte já por muito
ceifada,

cheia
de labirintos escuros
e com uma córgo lhe correndo
a cheirar enxofre,

nela,
criavam-se esperanças
e incertezas como as de um suicida
à beira do precipício:

flertei
o cao iluminado
de um anjos, com suas avessas
pétalas de sabedoria,

falava
de abstrações, de insanidades
e de explêndidas quimeras
particulares;

empírica
em seu próprio reino cheio
de metáforas vazias,

a mendigar
aplausos e masturbações
de outros egos
frívolos

e a manusear
mastros dos veleiros
dos mares
bravios,

tentou
me ajudar com a palavra,
com a mesma palavra que nunca
a salvou da própria

hipocrisia!

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