quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ENTRE O TEMPO E O VENTO



“Vai tomar
um banho, menino!”,
gritava minha querida mãe,
em minha infância
perdida:

era uma
ordem quando me chegava
todo molhado de suor
e chuva da
rua;

de lá
para cá, foram milhares
de sujeiras, de orgasmos, de perdimentos,
de enganos

e de banhos,
sem que eu nunca conseguisse
lavar a porra da insana

mente! 

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