domingo, 24 de setembro de 2017

ESSE AMOR QUE LEIO NAS POESIAS É REDICULARMENTE FALSO



O amor,
tantas e tantas vezes retratado
na poesia de forma tresvariada, ilusória
e fluorescentemente,

nunca foi
nem é como dizem os nobres poetas
e poetisas

e tem a mesma
origem de surgimento de outros
sentimentos perversos que lhe vêm
à esteira, tais como a insegurança, o ciúme,
a possessividade,

não pelo fato de amar,
mas pelo fato de que o amar do sapiens
se tradu no exato tamanho do que
ele pensa ou esperaa
ser amado.

Paradoo abissal,
desgraçado aos corajosos
enganador e dissumulado aos anjos
alvissarados,

na verdade,
costumamos dizer que sofremos
porque amamos, que sentimos ciúmes
porque amamos, que desconfiamos
e temos inseguranças porque amamos
e que, pasmem, perdemos o controle
e  às vezes discutimos porque
amamos,

sendo que
o amor está sendo usado como
nosso depósito de resíduos escuros
que com ele estão misturados
ao sapiens cerne.

Eu não vou
citar Nietszche, nem Shopednhauer,
nem Sartre, nem Vinícius, ne Bukoski,
nem ninguém neste texto

para tentar,
como meus colegas, exlicar ou definir
o inexplicável.

Mas eu digo,
convicto, que o amor é um ato
extremo e do grau mais elevado
do ego,

que quando
dizemos “Te amo”, estamos querendo
ouvir é que somos ammados

e que
embora seja e deva ser enaltecido
sob  sóis acesos;

à noite,
contém convém sabermos
que também contém seus escuros
avessos

e que, por isso,
estão condenadas todas as análises,
poéticas, racionais ou filosóficas,
que o expõem, sem também
expor seus irmãos mais

obscuros e obesos!

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