... gosto
da noite, lembro-me
dos inícios das noites
de minha infância,
a rua em terra,
o cheiro de fumaça aos fornos
que ficavam nos fundos
dos terreiros,
as mulheres
que cozinhavam e recolhiam,
dos varais, suas roupas,
das queimadas,
das peladas, dos rouba-bandeiras,
das ilusórias namoradas,
com seus sorrizinho
de anjos que caíram no mundo
sem saber o que o mundo
era;
gosto da
puerícia de minha infância
perdia,
da noite,
do início da noite esfumaçada,
como que se comemorassem,
a todo momento,
sem culpas
ou pesos, em bela nudez,
a vida em quimeras
fragmentadas!
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