Não cantes
mais à minha janela
teus melodiosos cânticos
quebrados,
nem andes
mais pelas madrugadas
de minhas solitárias
calçadas:
sim (exatamente),
amanhã quando o sonho se congelar
inexoravelmente ao enregelado
deserto
que se aporta
nesta alma cansada;
amanhã,
quando até os heróis mais fortes
e os anjos mais sublimes nos abandonarem
para irem se abrigar
e se aquecer
(escondidamente) aos doces leitos
dos bordéis das secretas
escuridões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário