Deixo
verbos espingardeiros,
espinhos suspeitos e sombras
rasteiras.
Deixo
a bola e o campinho nosso de todo dia,
e as merdas das tarefas
de casa.
Deixo
seus sonhos (dela) às asas
e seu sinuoso corpo aos paus duros
de outros pássaros.
Levo comigo, enterrada,
– entre multidões de vazios e nadas –
a eternidade de um sublime
amor,
que outrora ela perjurou
ao meu lado.
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