Amanhã,
tudo se me cessará das fechadas retinas,
e mais nenhuma construção
sapiens
– nem tu, travestida
de esplêndidas fluorescências néon
ou exposta com angelical
nudez –
poderá me atingir
ao espaço-tempo a que todos temem,
onde residirei,
enfim
(entre vermes, ratos
e frios átomos), com a apagada
memória.
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