quarta-feira, 15 de abril de 2015

O VENTRE DO MENSAGEIRO


...  quando cheguei

[estava eu
com uma vontade terrível,
avidíssima, por aquela esplêndida
e singular luz],

esperava-me ela
com um belo sorriso nos  lábios,
com os braços e o coração
abertos

e com sua morada
ofertada, quase que incondicionalmente,
a minhas sencientes e faustas
vontades:

nem suspeitava
que eu carregava uma noite que nos seria
tão avassaladoramente
obscura,

que jamais
nos seria possível ver suas
sombras se porem.

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