sábado, 4 de abril de 2015

QUÂNTICO


Ainda posso
estar em qualquer lugar:

talvez eu seja
o que não revelam os espelhos,
com suas falsas imagens
gêmeas;

talvez aquele menino
que, entre o pueril sorriso
e o lôbrego choro,
se perdeu;

talvez o murmúrio
do mar, o silêncio das estrelas
ou aquele pássaro em voo
que a pedra matou;

talvez a inútil chama
que, à entenebrecida noite,
ainda sequer se
inventou.

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