Do esplêndido voo
que caiu sobre o precipício
vazio;
do sublime sonho
do qual nem sei mais se realmente
foi nuvem ou pesadelo;
do áureo cálice
ao qual descobri que bebia,
dissolvido ao doce vinho,
venenos raros;
da formosa flor
que me trazia seus afiados espinhos
escondidos;
da boca,
dos peitos, das pernas, da vulva
e, sobretudo, daquela alma
que apenas
dissimuladamente se dizia
minha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário