domingo, 1 de outubro de 2017

UMA PANORÂMICA DE UM AMOR ALUCINADO



Com 39 ainda era quase virgem, posto que só havia comio uma mulher, a com quem me casei. Depois veio o virtualismo e vi alguns peitos e boceta comcas quais me maravilhei, e o que é pior; sempre com o jeitinho e a sensualidade da mulher que sempre admirei.

Um dia chegou ela, de cabelos lisos, pretos, olhar fixo, como se penetrasse a alma e começou a me questioner sobre inícios, fins e meios. Depois sobre o Cosmo, a Quântica, os Ocasos, as Possibilidades, e tudo mais e me pediu que entrelaçasse tudo ao SER

Eu já havia entrado em tudo isso, claro, era, de menino, atrevido e ela percebera para pedir. Percebera diante do que estava e o que lhe podia tirar, e talvez por isso tocou a criança que me havia mostrando, no início, meigamente a lingerie, o sutiã branco. Dias depois um pedaço da calcinha.

Junto a isso, juras de fidelidade, laldade e amor eterno e uma pose de anjo totalmente imaculado e belo. O pagamento, não percebi imediatamente, era comer pedaços do Cosmo vasto e do Ser que eu dissecava nos três expoentes de tudo que há e que não há com o ser ou com o não-ser: abnomalia, grande barreira e apagamento.

Um pouco mais e me mostrou aquela linda boceta, que foi minha imediata perdição. E novamente tive de pagar derrubando, diante do caos a que por senciência, inconscientemente nos cegamos, seus mestres Sartre, Nietszche, Heidegger, Simone, Shopenhauer, Freud, Fernando Pessoa e, para ela um mito ou um deus, o filha da puta do Zaratustra, a quem enforquem em um chat, com a filosofia e o pensamento em riste, com ela presente, como se fosse em praça pública.

E assim foi, ela tocando a criança que ainda havia no homem e que sempre quis amar um anjo no belo corpo de uma mulher. E eu alimetqndo-a de todo conhecimento, de todo contraste e de toda interpretação e contestamento até então não havida de seus mestres.

Certa vez, ouvi dela: “Vou orar,, vou orar muito, você é o único assim, você está ocupando o lugar de Deus”.

Uma maldita afirmação para um justo jogo onde eu tinha um anjo em forma de mulher e explicava a relação entre o Cosmo, o Caos e o Ser que surgiu no meio disso tudo.

De antes de nossos tumores, previmos tudo. A pinguela foi posta à nossa frente. Sabíamos da morte de um dos dois. Ela tinha certeza de que seria a dela.

Uma semana antes, uma frase no email, em cumprimento de algo dito há cerca de sete anos sobre a pessoa, incluindo o primeiro marido, o segundo marido e todos os amantes que teve na vida sobre quem seria o que ela mais louca e incontrolavelmente houvesse amado.

Apenas duas palavras antes de sua morte: Thor Menkent.

Lembrei-me de tudo imediatamente, eu que também estava em igual e até mais severo fronte que ela, vencido por mim conforme por ela previamente previsto.

(Ah. As chuvas de fogo movidas por ciúmes mútuos, as perdições por escolha para nos matarmos mutuamente, em busca de alívio e tanta, mas tanta coisa que, posto que precisasse escrever um livro, aqui de explanar abdico).

E então me lembrei, ao ler o nome, de duas perguntas, ela já bastante doente:

- Você cuidaria de mim?

Ao que respondi:

​​​​​​​- Sim. Sabes o que já fiz e o que faria por ti.

E seguiu-se a última pergunta que ela me fez na vida:

- E você vai cuidar de mim?

Como que se previse sua morte uma semana depoias.


- Sim, meu amor, eu te amo e eu estou tentando!

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