sempre
fui sua, só sua
e
serei eternamente só sua,
acredita
em mim amor?”
dizia
ela
como
em uma oração repetitive
e
convicta, enquanto guardava mentes,
corpos
e paus escondidos
na
bolsa.
“Sim,
meu amor,
e
eu sou teu, só teu, sempre fui
e
serei somente teu, acreditas
em
mim?”,
respondia
eu
a
ela, com as gavetas do quarto
dos
fundos de imagens de todo tipo
trancadas
e cheias.
E
assim
nos
amamos cegando-nos por
tolas
e ilusórias escolhas, como dois fantoches
e
nada mais que dois fantoches
tolos,
que
diziam
um
ao outro quando perguntados
sobre
o que havia na bolsa e nas gavetas
trancadas
do quarto dos fundos,
e
ambos respondiam-se
a
mesma coisa: é segredo!
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