“O beijo, amigo, é a
véspera do escarro,
A mão que afaa é a mesma que apedreja.
...
Apedreja a mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!’
Augusto dos Anjos
A mão que afaa é a mesma que apedreja.
...
Apedreja a mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!’
Augusto dos Anjos
... silêncio,
ouve apenas, já que não me
respondes,
o jardim outonal
entrou em franca decadência,
e o limpo céu se turvou
em cinza-escuro:
agora não
sou mais poeta, nem pássaro,
sou apenas mais um animal aguardando
a sua definitiva treva
sepulcral!
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