...
os tempos,
embora nunca tenham sido
bom para os cães,
andam
agora ainda pior:
antes ainda
falavam, elucubravam, chingavam
e julgavam após com ele onirizar algum
paraíso onde o amor puro e eterno
fosse possível
ou após irem
com ele para uma cama para se abraçarem,
agarrarem-se, beijarem-se
e foderem-se.
Agora já
não há mais nem o sonho, nem os beijos,
nem as promessas de amor leal
e sempiterno,
nem as rotineiras,
excitantes e fantásticas trepadas,
e nem as consequentes chuvas de fogo
e de palavras, configurando
para ele
(este cão)
um tempo
de mortos vivos onde o silêncio
e a solidão, de tão secos
e angustiantes,
fazem
calar qualquer canto de algum novo pássaro
que por ele ouse passar
ou pousar!
embora nunca tenham sido
bom para os cães,
andam
agora ainda pior:
antes ainda
falavam, elucubravam, chingavam
e julgavam após com ele onirizar algum
paraíso onde o amor puro e eterno
fosse possível
ou após irem
com ele para uma cama para se abraçarem,
agarrarem-se, beijarem-se
e foderem-se.
Agora já
não há mais nem o sonho, nem os beijos,
nem as promessas de amor leal
e sempiterno,
nem as rotineiras,
excitantes e fantásticas trepadas,
e nem as consequentes chuvas de fogo
e de palavras, configurando
para ele
(este cão)
um tempo
de mortos vivos onde o silêncio
e a solidão, de tão secos
e angustiantes,
fazem
calar qualquer canto de algum novo pássaro
que por ele ouse passar
ou pousar!
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