… uma cabeça acéfala,
um coração sem sentimentos,
uma alma perdida ao escuro averno,
um corpo gritando por calor,
um desejo implorando um orgasmo,
um suor molhando o outro corpo e o leito
branco,
meus repugnantes lábios beijandos os teus,
chupando teus peitos e tua boceta,
assim negramente em todos os sentidos,
buscando comer um pouco de tua
carne
e beber um pouco de tua luz;
não, não te assuste,
sei que já brilhaste muito e brilhaste outrora
em muitos lugares, com muitos entes,
em muitos céus e em muitos leitos,
mas é hora de deixar isso
ao que chamam de nobreza e de sublimidade
do sapiens e encarar que, sendo eu sombra,
amar-me também podes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário