…
ventos
excitados
murmuram-me
sobre
os segredos de quando ainda
te
recostavas nas árvores, nas flores
e
nos tentilhões cumeeiros,
eles,
os ventos safados,
dizem
de tuas curvas onde se recostaram
como
mansas brisas, sem que
tu
deles percebesses
o
desejo.
Eu,
inquebrantável
cão
do deserto, solitário e seco,
e
o vento que te roçou também vem me roçando
do
mesmo jeito,
com
o teu perfume
ainda
lhe correndo no veio:
e
assim,
tu
tão longe e inalcansável,
tendo
eu somente o vento que nos amou
tateando-nos
juntos e inteiros,
eu
sigo
ainda
te amando, desejando-te
e,
sem mais poder te comer,
batendo
punhetas!
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