Páginas
Redes Sociais
terça-feira, 17 de março de 2015
ALÉM DAS MARGENS SAPIENS
A estada parece longa
(às vezes sentimo-la incautamente infinita):
primeiro visitamos, às apalpadelas,
as coisas, os cheios e as cores
do mundo;
e seguimos (desbravadoramente)
a descobrir, a descortinar e a conhecer tudo
que se nos poste ao sinuoso
caminho,
inclusive a outros visitantes
– semelhantíssimos a nós, com seus mentais e verbais artezanatos –
com (e aos) os quais digladiamos, transamos,
fantasiamos, falesiamo-nos e até
( por que não?) amamos.
Neste senciente escorrer-se,
há céus, sóis e sublimados sonhos;
e há vales, pedras, e precipícios
vazios,
por onde nos vamos
sobrevivendo entre as margens;
até que nos chegue o trem que não anda
nestas paragens:
invisívelmente limpo
de imagens e de vesanias advindas dos habitantes
desta terra, onde embarcaremos
para uma última
viagem
(sem guias, sem passageiros,
sem condutores e, ao fim, sem o próprio trem)
que não dura mais
que o breve.
P.S. Ou “Da morte”!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário