Ao acordar de manhã,
levantou-se e foi de pé a chão
até o banheiro,
com o rosto amassado,
um filha da puta de tesão urinário
e, à boca, um fedor tal
que o deixara
mudo:
de frente ao espelho,
parou e pensou:
“Puta que pariu!
Mais um dia a andar coma alma esticada,
por labirintos de quilha e estranhas
bordaduras,
em interstícios
de sonhos, pedras, detritos
e vazios!”
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