terça-feira, 31 de março de 2015

ERROS PERFEITOS


As senciências saltitam
dentro de pacotes fechados de figurinhas;
é apenas caso de se abrirem
com palavras-chave,

para que se consigam preencher
rotas-vogas com semeaduras impossíveis:
alguns risos incautos e alguns choros incontidos,
algumas ilusões-nuvem e algumas
quedas perturbadoras,

algumas inocências derramadas
e algumas desafinadas sombras escondidas,
uns arco-íres, uns céus, pares de asas,
capas com máscaras,
pára-quedas.

Sim, sim, sim!
É laço síncrono de se voar como traças obesas
e de se navegar como tilápias
taludas

– acrobaticamente –
por entre a adulterada morfologia esticada
dos contornos, das casualidades
e das coisas.

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