Noite longa,
noite negra,
noite fria:
é tarde demais
para aplacar as cruciantes dores
provocadas pelas chuvas
de fogo;
é tarde demais
para cicatrizar as profundas feridas
abertas pelos verbos
e pelas pedras;
é tarde demais
para ainda esperarmos
(imaginando
– como se fôssemos eternos –
que nos haverá um novo amanhã
e uma nova chance)
que as águas
nos sigam rolando, como se
fossem eternas.
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