Dize-me para que
nos valham tantos e tantos anos
nesta inglória existência
de abstrações,
onde nos andamos
em ciclos turvos de lavores,
desejos e ilusões, sempre a trocarmos
– como de roupa – de amores
e dores;
sempre (negando
nossos próprios reflexos) a buscarmos
novos planos, sonhos
e enganos,
e eu te mostrarei,
enfim, o segredo que tanto pedes
sobre o abnormal e espúrio
ser humano.
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