Na estação da seca,
visto-me de falsas fontes de cristalinas águas,
para que andorinhas venham saciar
suas sedes;
e, quando pousam
com seus colarinhos brancos, de soslaio
aprecio-lhes o voo, o encanto
e as carnes.
Ao chegar a estação das chuvas:
tudo se alaga e me viro deserto em imensidões pluviais,
tão seco que nem bruxas se movem
ao meu lado;
e aí é que percebo
o quão enfermo tenho sido com meus faróis
de néon, por esse grande
mundo desalinhado.
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