... em meio
a um estranho e alucinado
amor,
choveram-se
verbos de fogo muitas e muitas
vezes,
e disseram-se
adeuses muitas e muitas
vezes;
mas, após suas ausências
fugidias (como se fossem eternos amantes
a empinarem luzes
e sombras)
sempre retornavam
à sua casa, até que angustiadamente
descobriram
que o tempo passa e não perdoa,
que o corpo adoece e não perdoa,
que a vida se esvai e não perdoa;
até que tiveram
de se dar com a iminência da dura, triste
e dolorosíssima morfologia
do último adeus.
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