quinta-feira, 12 de julho de 2018

SER!

… até que enfim
encontrei meu destino: ser.

Ser dos desertos
(mesmo de desertos casados)
oasis de amor e de desejo),

ser o alvoraçar
e o quebrar de asas inválidas,
atiçadas pela esplêndida imaginação
sapiens,

ser o suspiro do orgasmo
e o murmúrio das nuvens, das chuvas
e das angústias,

ser o alívio da dor
e a dor da flor que se desespera
ilegítima:

ser, condenadamente,
o tudo, o nada e o louco vasto
que ocorre nos ocos silências
e nas esquinas quebradas!

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