que nos sobrevivemos
por tanto tempo
em cruciantes dores
e angústias, nesse estranho amor
de lâminas
– carregado de ominosas
imagens, de lancinantes chuvas
de fogo,
de severas condenações
com o verbo e de enraizados rancores
na alma –,
que nos apetece ainda
cultivar sombras sobre as superfícies
desalinhadas e pontiagudas
do mundo,
a não ser
para sedimentar a iminente morte
de nossas asas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário