saber escrever sobre
coisas boas,
dessas doces,
dulcíssimas que falam d’sonhos,
d’amores e d’esperanças;
dessas sem bocetas
encharcadas e sem paus hasteados
nos varais,
dessas sem pregos
afiados e sem grandes merdas derramadas
pelas estradas;
dessas que todos
gostam de ler e elogiam, por não conterem
dores nem bolores;
dessas, enfim,
que todos deixassem de dizer
que perdi a razão;
apenas por
se verem no contraverso
de seus reflexos.
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