segunda-feira, 2 de julho de 2018

PERDI A COR DA NUVEM!

Perdi a cor da nuvem
em que nos abarcamos outrora,
agora sei apenas que há um corpo
sensual e faminto a andar
por aí

– entre mares sedutores,
céus promissores e pedras-de-tropeço
de todas as cores –

a se inebriar a goles
de sonhos, amores e encantos
e outros pássaros
sapiens,

com suas vesanias às mentes,
seus regozijos às bocas
e suas extasiantes espumas
às genitálias.

Sim, perdi a cor da nuvem
em ângulos e caminhos contrários,
sem nunca termos conseguido elucidar
os mistérios de nossos ventos,
chuvas e tempestades.


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