segunda-feira, 27 de março de 2017

DESERTO 47 – XIX



O mesmo corpo
raso,

o mesmo olhar
intépido,

o mesmo refego
na mente,

a mesma abissa
nos segredos;

longíqua
ou proximamente,

além ou aquém
mar,

vejo-te
com as mesmas
cores

e reconheço-te
destruída,

com os mesmos
destroços

de si.

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