Naquela noite,
ela chegou e se sentou
sem dizer uma única
palavra;
na verdade, éramos
ambos
silêncio: eu e ela;
e éramos mãos paradas
na ausência de afagos e
carinhos,
olhos parados a se
entreolharem perdidos
e sonhos parados, como
que
se tivessem se
congelado
à nuvem.
Talvez já não houvesse
mais nada a dizer,
talvez nos tivéssemos
tornado dois caminhos
vazios
a se encontrarem
em alguma bifurcação
noturna,
talvez nos fosse
a hora de partir e de
seguir viajantes,
entre outros sonhos e
quedas
do mundo.
Sim, talvez,
mas eu não conseguia
sair,
e ela não tinha forças
para partir,
e isso foi o mais
próximo
que já senti
do chamam de amor
por aí.
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