quinta-feira, 30 de março de 2017

DESERTO 47 – LXVIII



É tarde para as águas
turvas que desembocarem,
em faustos horizontes
de nada;

o que há agora
são cinzas,um marulho mouco
de nuvens e sóis
passados,

de flores
desfilando sobre minha
calçada

e de destroços,
 vazios e mais cinzas

molhadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário