quarta-feira, 29 de março de 2017

DESERTO 47 – XXXIX



Ouço ecos de palavras
e de risos infantis,

de velhos risos infantis
e de sonhos brancos,
a atraírem lumes-lumes
alucinados,

– cibernéticos ou não,
porém mais
aqueles –,

para o grande baile
de todo dia,
onde, após sublimarem,
sorrirem e se masturbarem,

partem ao fim da noite,
deixando um fétido

rastro de merdas.

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