... ela realmente
era pura, sim, mas tinha uma queda
por anjos, por menestréis
com suas orgias,
saía de tarde,
passava as noites fora
e só regressava no outro
dia;
ela era pura,
sim, apesar de, longinquamente,
eu ouvir os gemidos que
ela dava,
com seu manto branco,
nos volúveis leitos e sobre os excitados
paus; e ela chega dizendo: “Eu sou pura,
pura, puríssima”,
sem nunca aprender
que, quando eu estourava,
sempre metaforicamente morríamos,
tendo, depois,
que lutarmos muito
para alguma possível e ilusória
ressurreição, até que,
de tão bela,
a morte concreta,
a morte fria, por ela também
se apaixonou
e, depois
que se encontraram nunca mais
a vi desde então!
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