... era boa
a luz insipiente de minha
perdida infância,
era bom
comer somente um pão
com manteiga
na janta,
sem sabe
por quê para quê ou como
era assim;
era bom
o dezembro de outrora,
em que o próprio ar se transfigurava
em sonho,
era bom
o tranco no pequeno coração
quando uma garota apenas
se nos aproximava,
eram bons
e excepcionalmente extraordinários
os toques dos inciciais orgasmos
de minhas masturbações;
era bom
ler gibis, juntar figurinhas,
deixar se encardir de macucos
nos pés e nas canelas, sem nenhuma
preocupação;
as coisas
começaram a piorar foi
exatamente quando eu quis
acender algum lampião!
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