domingo, 28 de maio de 2017

VÃS ESPERANÇAS


Um novo dia raia
com as esperanças perenes
dos amantes de outrora

– o mar e a planície –

em outras línguas,
em outras caldas,
em outros sonhos,

abrenunciando novas
quedas porvires:

o mar se alvoroça
a lamber suas encostas,
deixando falésias
pelo caminho,

pousam beija-flores,
borboletas e joaninhas
à carne e à insânia
da planície.

Ao entardecer,
chovem lágrimas de sais por toda parte,
alagando cantos, encantos
e recantos,

à noite
as estrelas aparecem para velar
suas mortes em agonia

– do mar sem a planície,
da planície sem o mar –
com as almas vazias.



Nenhum comentário:

Postar um comentário