... depois
de te lançar aquela palavra-punhal
pensei que não falarias nunca
mais comigo.
És forte
e pareces ultrapassar o senso comum
do ser que logo se põe a correr
diante do uivo de um lobo
sarnento;
mas eu digo
que tal como a lua
se empalidece e desaparece
de manhã, sinto-me
aos 47
e não vou,
nem quero, me restar um velho
com tristeza residual,
por isso
não cultivo flores ou trigos
imortais, mas eu te espio aos pés
das estrelas que brilham nas
mais escuras noites
outonais,
para que,
quando teus braços,
teu corpo e tua alma sentirem frio,
eu também, se ainda estiver
por aqui,
possa te zelar,
em pensamento, cá de baixo,
vento-te lá
no cimo!
de te lançar aquela palavra-punhal
pensei que não falarias nunca
mais comigo.
És forte
e pareces ultrapassar o senso comum
do ser que logo se põe a correr
diante do uivo de um lobo
sarnento;
mas eu digo
que tal como a lua
se empalidece e desaparece
de manhã, sinto-me
aos 47
e não vou,
nem quero, me restar um velho
com tristeza residual,
por isso
não cultivo flores ou trigos
imortais, mas eu te espio aos pés
das estrelas que brilham nas
mais escuras noites
outonais,
para que,
quando teus braços,
teu corpo e tua alma sentirem frio,
eu também, se ainda estiver
por aqui,
possa te zelar,
em pensamento, cá de baixo,
vento-te lá
no cimo!

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