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segunda-feira, 27 de março de 2017
DESERTO 47 – XXIII
Não adianta
mais fabricares refúgios
___ de castidades,
nem me adianta
mais criar máscaras
___ sublimidades,
que
tudo se nos foi
___ revelado:
somos os ventos,
as chuvas e as tempestades
disfarçados nos serenos
___ das madrugadas;
somos as sombras,
as dores e as angústias
nas entrelinhas dos verbos
___ aureolados;
somos as esquálidas
cores por detrás das aquarelas
pintadas pelas aves
e pelas mariposas
___ incautas;
somos trevas
a consumir as luzes infectadas
diante de olhares
___ perplexos;
sim,
em imagem nua e crua,
inalienavelmente, somos espelhos de falsos
___ reflexos;
das
verdades regozijadas,
somos a certeza
___ da rasteira;
e do ocaso que há,
somos o caos fabricado
quando nossos fantasmas
___ se insinuam.
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