quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

EM FRANCA E FORTE CHUVA!

Mais uma chuva,
mais uma mordida no câncer vivo
desta enferma paixão
à nuvem,

onde nos dizemos
amar em sonhos e esperanças vazias,
enquanto nos quedamos epilepticamente
em insânias sem cura;

mais uma vez, sozinho,
elevo o verso ao meio da madrugada
para falar do verme e da flor
mutuamente feridos,

que se habituaram
a viver neste paradoxal ciclo
– bruto e imundo –, onde se proliferam
harmonias lumes e caos sem nexos
quase todos os dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário