segunda-feira, 24 de julho de 2017

SUBMERGIDO



... como um machado
que ruge vazios,

meus versos
ilusões insones a cohere
flores por equívocos,

meus abismos
são reflexos das múltimas formas
de atuação de gêneses apócrifas a carpirem
fluorescência no desalinho,

minhas crenças
são os esforços  refletivos e vãos
às preces alquimistas e exteriorizações
falsas

a forjarem
alívios a minhas angústias
mais cruciantes e abrigos sempiternos
em ilílicos reinos de redenção,

meus amores
e meus sonhos são gotas de lágrimas
cristalizadas nos escarros porvires aos enlaces
adornados nos leitos,

porque sou assim,
uma abnomalia abissal em passagem
pela tênue ponte da vida,

inventada
entre névoas e cinzas, onde se juntam
as coisas e os cacos
das coisas,

regozijando
chamas em chuvas de fogo
e sucedendo-se em nadas nos palcos

antropológicos.

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