... calou-se a Ana,
calou-se de modo que
nunca
mais componha um
poema,
nem toque
um piano, nem solte
aquele
delicioso aroma,
nem mais
foda dizendo que ama,
nem mais proponha
eternidade
que não mais possa.
Morreu-se Ana,
não fui a seu
velório, porque
me disseram que não
era permitida
a presença de cães,
mas fui
às sombras das
civilizações
com o veneno que ela
tinha-me injetado
nas anteriores noites
de suas insanas
gestações!
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