Aos telhados
de cetim, um gato me olha
e não tenho
garras,
uma coruja
me olha e não tenho
asas,
um anjo
me olha e não tenho
alvas;
aos chãos
dos
destroços,
um verme me ronda
bebendo-me
as chagas,
uma mulher
me abarca devorando-me
as carnes,
um demônio
me assombra habitando-me
a alma vazia.

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