Choraste quando
eu estava vivo e ao teu
lado,
mesmo em incontidas
chuvas.
Choraste ao amares,
com tuas ilusões dementes
– em recorrentes e
incontidas traições –,
a mitos e a ídolos que
forjaste
aquém e além-mares.
Que, então, reclamas agora
se, com tuas figuradas e
insanas crias
fantasmagóricas,
trouxeste-nos
odiosa morte?
E por que te achas
ainda alva e resistente,
se de ti
nunca vi descender
algo que não se transmutasse
em alguma busca por
exíguos refúgios
em asas inválidas e corpos
cálidos?
Ou algo que – como incauta
presa
de guerreiros, anjos ou
amantes forasteiros –
te mostrasse realmente
forte?
Nenhum comentário:
Postar um comentário